sábado, 7 de novembro de 2009

O MEU VASCÃO VOLTOU!!!!!!!!!!!!!!!


É com grande prazer e satisfação... e com todos os sentimentos (esses que não podiam parar) positivos e maravilhosos das emoções humanas. O Clube de Regatas Vasco da Gama está de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído: A série A do Campeonato Brasileiro de Futebol. Exatos 11 meses depois de um rebaixamento triste, a torcida coloca o sentimento de amor pelo time de história mais bonita desse planeta, em primeiro lugar e empurra o time de volta (junto aos incansáveis jogadores) à elite. Não tenho quase nada para falar, além das palavras que gritei o ano todo, enquanto acompanhava os jogos do meu time (leia, amor!) em seu momento mais difícil: EU TE AMO, VASCÃO!
Não houve nada, absolutamente nada que me tirasse o amor, a paixão, o carinho e o respeito por essa instituição que fez de mim, desde os 11 meses de idade (como já havia dito no post do rebaixamento) alguém que ama de verdade. Para os vascaínos, fica a minha amizade e a minha vontade de te abraçar e gritar “O MEU VASCÃO VOLTOU!”. Para aqueles que não são, deixo os meus sentimentos, já que jamais irão sentir o que eu sinto por esse time da Colina. E termino dizendo as palavras que disse naquele post triste que nunca mais quero voltar a ler ou escrever:
AVANTE VASCÃO!!!!!!!!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Motores



Hoje, mais cedo, o homem veio me trazer um botijão de gás. Trinta reais. Viver está ficando cada vez mais caro. E agora voltei a me deitar no sofá. Eu escrevo. Escrevo sem parar, mas sinto uma preguiça incalculável. Tive que trocar o gás. O idiota não pode nem trocar o gás. Estou morrendo de preguiça e coçando o saco. Estou de saco cheio dessa cidade cinza e provinciana. Eu tenho preguiça de sair daqui. Mas eu quero sair. Não agora, agora preciso ir até a casa da frente. A casa da dona dessa casa. Vou pagar o aluguel e reclamar do cheiro forte de tinta que está entrando direto na minha sala, onde passo a maior parte do meu tempo lendo, escrevendo e coçando o saco, sempre deitado no sofá. Quase não ligo essa velha televisão. O rádio, sempre me acompanha. Mas quase sem músicas. As notícias da CBN, isso sim. Mas elas também não me interessam. O que realmente me interessa é escrever. Uma escrita maldita. Uma que só eu saiba e consiga ler. Eu não recebo visitas. Tenho que ir pagar o aluguel. No meu quarto, a velha estante que era ainda da repartição do meu pai está quase caindo, mas eu a escoro com um banco velho que trouxe da casa da tia Marta. Velha insuportável, me cobrou doze reais. Nessa instante, todos os meus cadernos. Com aquela escrita maldita que sai de mim. As vezes, encontro as letras, palavras, frases, perdidas em folhas soltas. Eu as colo em outras folhas que condizem. Vou me levantar e pagar o aluguel. A senhoria estava esperando desde ontem, mas eu não trabalhei de dia. Ontem de dia eu só escrevi. Escrevo tudo que penso que é para não correr o risco de ser tachado como louco. Mas essa é a contradição que me impede de publicar qualquer escrito. Eu não sou louco. Eu sou apenas um bom preguiçoso. A kombi precisava ser lavada essa tarde, mas eu só vou trabalhar a noite. Tenho que pagar o aluguel. Vou adormecer antes que eu resolva enfim levantar. O aluguel fica para depois.
Acordei com um plano mirabolante de não pagar o aluguel, mas um processo demoraria séculos, e eu não tenho tempo para desperdiçar meu tempo livre. Por isso eu pago. Em cima da geladeira, tem um pato onde minha mãe guardava os ovos. Ela faleceu faz três meses exatos. Três meses hoje, dia de pagar o aluguel. Não liguei muito para o enterro, muito menos para a morte dela. A família me acha um monstro sem sentimentos, mas tudo o que eu preciso para lembrar dela está naquele quarto ali, na direita do banheiro. Não, não era seu quarto. Era o quarto onde ela guardava o que não queria. O que queria jogar fora. Discos, babilaques e fotos. Louças, lâmpadas e cartas. Ela guardava lâmpadas. Não era coleção, pois ela não desejava aqueles lixos. Ela simplesmente não se desfazia. Em um isopor enorme, lá estão as lâmpadas. Eu não mantive essa mania. Mas sinto-a me recriminando porque joguei fora as duas lâmpadas que queimaram nesses três meses. Três meses hoje, dia de pagar o aluguel. O cheiro de tinta é forte, mas não vale um processo longo e demorado que vai me tirar do sofá e dos cadernos por algum tempo. Eu trabalho a noite, pois eu gosto de passar o dia lá dentro de casa. Aqui fora, nem a mangueira rende frutos. E eu tenho que pagar o aluguel. Fui até a casa da dona da minha casa. A minha casa, não era minha. Fora antes dos meus pais, como todas as outras daquela pequena vila. Mas o meu pai vendeu a vila faz tempo. Eu e meu irmão ainda não havíamos saído de casa. Meu irmão estudou muito. Eu parei no primeiro período de engenharia. Era uma merda. Meu pai vendeu a vila quando éramos pequenos. Eu não me lembro, meu irmão deve se lembrar melhor, ele é mais velho. Nem sei o motivo. Agora, a dona da minha casa é quem é a dona. Antes era o seu Joel, mas ele também vendeu. Vendeu pra essa velha. Eu tenho repúdio à velhice. Não se pode deitar na velhice, se não você sente dores. A velhice é uma doença que os preguiçosos não se podem dar ao luxo de ter. É dia de pagar o aluguel. Seu Joel não nos deixava pagar. Dizia que tudo que havia conquistado era graças à vila do meu pai. Ele também era velho. Velho e ignorante. Velho e burro. Burrice é uma doença que os preguiçosos não podem ter. Ela nos priva de argumentar a favor da nossa própria doença. Chamei feito um louco a velha que é dona da minha casa. Ela é velha, mas não é burra, apesar de ser ignorante. Ela não atendeu. Nessa vila só moram velhos. Eu não pretendo ficar velho e decrépito. Eu fumo, eu bebo e dirijo pelo menos doze horas por noite. Durmo pouco, escrevo muito. Deu vontade de comer. Essa louça está na pia faz três dias. Há três meses atrás, minha mãe morria. Hoje, exatos três meses depois, é dia de pagar o aluguel. Mas a velha Carmita não responde. Sim, Carmita é o nome da velha que é dona da minha casa. Mas ela não responde. Esse cheiro de tinta me dá fome. Vou até a vizinha comê-la. Ou quem saber comer. Se não, busco a kombi e vou comer na pensão. A chave está dentro de casa. E eu sentado no murinho da varanda. Mais uns dez minutos e eu vou pegar. Três meses depois que enterraram minha mãe, é dia de pagar o aluguel. A velha Carmita cobra.
Senti-me obrigado a voltar. Ela não atende. Não atende mesmo. Então vou até a minha vizinha. Chego com o apetite e os hormônios em fúria. Ela grita “entra”, como quem tem urgência que eu o faça. Encontro-a toda molhada, encostada com a barriga no tanque, me olhando cheia de maldade. Noto que ali acima da panturrilha esquerda, começa a se mostrar umas varizes. Fico meio enojado no início, mas logo ela me convence a entrar. Eu já mostro uma ereção significativa. Ela, secando as mãos num pano de pratos encardido, me pergunta o que fui fazer ali. Respondo que estou com fome e senti o cheiro de boa comida. Ela se mostra surpresa. Encara com um sorriso bobo, a minha cara dura. Eu reparo a louça na pia. Não deve estar a tanto tempo quanto a minha. Reparo acima do filtro de barro, pregado na parede, um calendário do ano passado. Eu reparo tudo. Ela coloca um belo prato de comida. Eu não terminei de comer. No quarto, depois de gozarmos quase juntos, ela tenta me falar de como está a vida de solteira. Que era também era bom me dar enquanto casada. Eu ouço poucas palavras. Levanto nu e cortando totalmente o barato digo rispidamente: “preciso pagar o aluguel!”. Saio levando uma maçã. E a velha, dona da minha casa, dona Carmita, ainda não está lá. Começo a estranhar, mas que se foda.
Ela ma chama. É ela, é a velha. Ela quer o aluguel. Eu vou até o pato da minha mãe, em cima da geladeira. Hoje faz três meses que enterraram a minha mãe. Eu não estava lá. Não me arrependo. Não me arrependo mesmo. O dinheiro do aluguel eu deixo no pato. No pato da minha mãe, em cima da geladeira. Ela usava para guardar os ovos. Esse pato é horrível. Eu não consigo me livrar dele. Nessa casa só tem coisas velhas. Eu não quero chegar à velhice. Pago o aluguel, volto para o sofá. Daqui a pouco tenho de ir trabalhar. Comida, eu estou precisando comprar algo para cozinhar. A geladeira está completamente vazia. O armário também. Cigarros eu tenho. Acabei de apagar um. E ainda tem uns três maços lá no quarto. Faz tempo não entro no meu quarto. Há uns três dias não saio desse sofá nem para toma banho. Hoje faz três meses que enterraram minha mãe. Hoje paguei o aluguel. Hoje comi a vizinha. Vou trabalhar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Bom e Velho ROCK AND ROLL


Senhoras e senhores, hoje é o dia internacional do rock. Já vimos anos de mais pompas e barulheiras nesse dia. Porém, nos tempos atuais, Michael Jackson, 50 anos de carreira do rei Roberto (que já estrelou o rock nacional) e obsessão da Globo junto a propagandas do Itaú, nos tiram esse privilégio por quase completo. Mas como já nos acostumamos com o que já foi dito, comemoremos essa data tão importante da maneira que nos parecer melhor. Ora, idas e vindas já marcaram o aniversariante de diversas maneiras: ídolos, tragédias, mortes, ressurreições e aproveitando títulos atuais, som e fúria. O rock é um coquetel de outros rítimos e suas influências e seus influenciados variam tantas vezes que não nos deixa raciocinar sobre. E isso sem dúvida é uma dos grandes tesouros que o rock possui por baixo de suas escamas de couro, all star e cabeleiras.
O dia em que festejamos o rock foi intituído na década de 80, alguns bons anos depois de Little Richard e outros que deram a tragetória do bom e velho rock and roll aquilo que mesmo em seus dias mais difíceis, manteve sob suas asas. O dia de hoje, tem menos importância pra muitos, o festival no qual a comemoração foi outorgada também, mas não devemos nunca nos esquecer da proposta do rock de alcançar os corpos e principalmente as mentes joviais e adentrar por dentro das caixas de som, fazendo com que esse território fosse, muito bem explorados pelas almas que o habitam. Por mais que outros acontecimentos no mundo ofusquem até de maneira significativa tal data, sejamos rock and roll e destruamos barreiras em nossas atenções, para que o tal clichê: “O ROCK NUNCA MORRE!” se torne a pura verdade. E se alguém se pergunta se eu mesmo sancionei o ato para mim mesmo, é só perceber que cortei os contos do programa, só para dar um espaço ao felizardo de hoje.
Ao rock, bom e ruim, boa vida e vida longa!

Também, como é costume nessa data, estou disponibilizando uma lista dos rocks mais tocados nas minhas caixinhas. Segundo o Last Fm:

1 – Radiohead

2 – Vanguart

3 – Cachorro Grande

4 – Blur

5 – Radiotape

6 – Arctic Monkeys

7 – The Who

8 – Yeah Yeah Yeahs

9 – Little Joy

10 – The Smith

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Do Orelhão


Seu Romão, preso político, velho sonhador e ranzinza estava escutando um disco do Lupicínio deitado no sofá. A preguiça o estava dominando naquele momento tênue entre um sono e um gostoso som de pássaros. Na varanda o coleiro cantava alto. O mundo andava devagar.
Ana Rosa desembarcava na Grande Curitiba, com uma mala espalhafatosa e os dedos gélidos. Implorou, radiante, por um pouco mais de calor no sangue já em cubos cristalinos de gelo.
Foi até o orelhão e discou o número da casa do pai, esperando um pouco daquela paz que a fez voltar à cidade modelo.
Explodiu na sala do seu Romão o “trim” do telefone antigo. Ele, com uma caneca de leite quente nas mãos atendeu com vontade de desatender imediatamente. Ela, Ana Rosa, foi falando primeiro para não perder tempo

- Pai!

Seu Romão, também para não perder tempo disparou:

- Não tenho filha com essa voz de puta paulistana!

Ela, confusa, foi conferir na agendinha de papel o número da casa de seu velho pai.

terça-feira, 31 de março de 2009

O dia de Deus e o dia do Diabo


Para o padre, observa o moleque sentado na porta de sua igrejinha. Curioso, já ia entrando quando volta e pergunta ao guri:

- O que estás a fazer aqui meu filho?
- Ora seu padre, me dê um tempo!

A arrogância destemida do rapazinho para com o padre surpreendeu a dona beata que passava na hora vinda de arrumar a sacristia.

- E isso lá é maneira de se falar com os mais velhos, menino?

O espevitado mandou uma banana para a beata e colocou sebo nas canelas da escadaria da igrejinha. Mais tarde, a mãe chegou do trabalho do mercado da cidade com um quente e dois fervendo. Passou a mão numa chinela velha de coura que o pai calçava dentro de casa e foi logo caçando aquele mal educado. Encontrou o pequeno urinando na planta mais querida, nos fundos do quintal e foi logo perguntando:

- Mas o que há com você hoje, Patrício? Todos me fazendo reclamação pela cidade. Dona Ângela me disse que o senhor lhe fez gestos feios. Seu João me disse que até roubaste um pão doce da cesta do padeiro mais cedo. Está com o capeta, meu filho?

- Pois a senhora está enganada – retrucou o espertinho – Passei o dia inteiro me divertindo, brincando de ser Deus.

No domingo seguinte, ao sair da missa com os pais, resolveu contar a próxima brincadeira antes de fazer para não se repetir a surra.

- Mãe, amanhã eu posso brincar de ser o diabo?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Chaveiro-canivete e a rainha do... terninho


Na Presidente Vargas lotada caminhava uma garota carioca. Terninho que era uniforme da Embratel. Falante ao celular novinho que havia comprado com o ultimo salário. Um luxo, tira foto e o caramba. Passa um moleque correndo, leva o móvel, ela nem vê. Fica lá com uma das mãos ainda perto da orelha, nem sabe direito o que aconteceu. Chora, pede ao guarda que veste cáqui alguma providencia, mas nada pode ser feito. Esses catiços treinam na areia da praia. No asfalto, aí é que eles só faltam voar. Puta da vida, foi na Central. Achou um beco vendendo bagulho em plena luz do dia.
- Me dá um de dez pra fazer efeito rápido.
Mandou pra dentro do nariz uma mistura danada. Olhou pra esquerda e viu o moleque prestes a trocar o celular com um outro vagabundo. Foi decidida a negociar com o infeliz.
- Quer fazer uma troca justa por ele?
- Pode ser – Falou o xincheiro.
- Me devolve essa porra, que eu te pago um almoço e ainda te faço um boquete. Tudo por minha conta.
- Quero não dona, pode levar – Disse de olhos esbulhados o safado.
Ela deu de mão no telefone e levou embora, deixando cinco merréis pra ele. Ele, lembrou humilhado que já haviam feito essa mesma oferta. Assim ele perdeu o pinto. Nas mãos de uma desvairada que possuía um tal de chaveiro canivete. A tal havia comprado no trem.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Uma puta... provavelmente



Os diversos ritmos musicais refletiam na parede do pequeno apartamento, vindo principalmente dos arredores dos arcos. A vida boemia do bairro era conhecida e não parava. Jonas agitava-se na cama para lá e cá com um sentimento de vazio. Levantou-se. Tomou um belo gole de suco e voltou para o quarto, onde pegou os cigarros. A mente repleta de agonia, com aquela mistura de ruídos ensurdecedores e incrivelmente variados. Se encaminhou pra sala com um cigarro na boca e um jeans no corpo. Pensou alguns instantes na vida com o cigarro nos dedos. Era tarde. Mas era na madrugada mesmo que ganhavam a vida. Coragem nunca faltou. Jonas achava mesmo que quem não tinha coragem de seguir com aquilo era ele. Mas algo lhe dizia que era preciso. Depois que fizera a primeira vez e com prazer, era um sinal que tudo havia de ser feito quantas vezes achasse necessário. Voltou ao quarto. Calçou um chinelo e vestiu uma camiseta branca.
A mulher assustada que estava, levantou com uma tremenda desconfiança e com o olhar de quem nada gostava.

- Escuta aqui seu Jonas, já é a quarta vez que eu lhe vejo saindo escondido na madrugada. Eu perguntei se você queria sair e o senhor me disse que não. Posso saber que raios vai fazer na rua às três da manhã?

Jonas deu uma belíssima desculpa esfarrapada para a esposa que lá ficou a engolir tal mentira. Nas ruas, o homem agoniado encontrou gente de tudo quanto é tipo. Vestidos de todas as maneiras. Os sons continuavam entupindo-lhe os ouvidos e a vida festeira da Lapa parecia não passar diante dos olhos. Acendeu mais um cigarro enquanto caminhava. Permanecia com a alma inóspita e inoperante. Expressão de quem não pensa em nada. Pensou na Lourdes. Mulher de garra e fibra. Agüentaram bastante em Del Castilho, vivendo de aluguel na casa de uma das tias da mulher, agora conseguiram comprar aquele apartamento.
Jonas parecia sufocado. Esbarrou em um molecote que estava drogado e procurou briga. Seguiu em frente sem olhar pra trás com os olhos quase vidrados. Lembrou das outras vezes que sentou na cama precisando fazer com que a vida parasse. Havia de parar. Cismou estar sendo seguido e a quase esquizofrenia lhe custou uma parada obrigatória para ser taxado se maconheiro pelos policiais que lhe revistaram pelo caminho. Sem flagrante e com documento, os canas deixaram Jonas seguir com um olhar perdido, mas que parecia determinado. Andou mais uns metros, alcançando um antigo galpão onde antes havia sido a casa de um bloco carnavalesco do bairro. Jonas havia feito um de seus poucos bons sambas para aquele bloco. Sentou-se na calçada do bloco. Do bolso tirou o maço de cigarros e um cantil que havia surrupiado do cunhado que morava no Recife. Deu um grande trago no cigarro e um gole na cachaça. Atentamente, esperou o que estava para acontecer. Os olhos fixos numa porta de ferro do outro lado da calçada. De lá, sai um rato que mais parece um gambá de tão enorme. E se aproxima de um objeto metálico no chão. Ouve-se um grunhido de dor. Lá estava o bicho asqueroso, preso e morto por sua gula infindável. Jonas aos risos, entornou mais cachaça pela goela.
Enquanto isso a mulher em casa reclamava ao telefone com uma amiga do curso de inglês:

- Não sei. Uma puta... provavelmente